Marketing: Construção perdeu 20 mil empregos em Portugal em 2011

Junho 16, 2011 by  
Filed under Notícias

O sector da construção está pessimista devido às quebras nos segmentos da habitação e obras públicas, para além de ter sofrido uma redução de 46% nas ofertas de trabalho.

A Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços (AECOPS) estima que se tenham perdido cerca de 20 mil postos de trabalho no sector durante o primeiro trimestre de 2011, comparados com o mesmo período de 2010, baseando-se em dados do Instituto Nacional de Estatística.

Na análise regional de Junho, a AECOPS destaca a redução de 46,1% no número de ofertas de emprego em Abril no sector, em termos homólogos face a 2010, como indicador do período que as empresas atravessam.

“Perante este cenário tão desfavorável, os empresários da construção revelam, naturalmente, um acentuado pessimismo, tanto no que se refere à evolução futura da produção das suas empresas como no que concerne ao emprego”, declara a AECOPS.

Entre as razões apontadas para esta situação, a associação sublinha a “acentuada e já longa quebra no segmento da construção de edifícios habitacionais”, que conta com nove anos seguidos em perda.

Em particular, a AECOPS apresenta Lisboa como um dos casos mais “difíceis”, com “uma quebra, em termos homólogos, de 33% no número de fogos habitacionais licenciados e uma redução de 25% no número de fogos concluídos durante 2010”.

Do lado das obras públicas houve uma subida de 92% entre Janeiro e Maio de 2011 no valor dos concursos adjudicados em Portugal, segundo a AECOPS, mas uma descida de 35,6% nos valores dos concursos abertos, em referência ao período homólogo de 2010.

“Mesmo o crescimento de 92% apurado nas adjudicações de novos concursos resulta, em boa parte, de adjudicações de obras de reabilitação de escolas a cargo da empresa Parque Escolar, o que não é de todo indício de trabalho futuro para as empresas”, refere o documento de análise da AECOPS.

A nível regional, é o sul do país que mais preocupa o sector da construção civil, com uma descida de 66,2% nos fogos licenciados no Algarve nos primeiros três meses de 2011, em relação ao primeiro trimestre de 2010, tendo como referência a descida nacional, nesse mesmo período, de 24,5%.

A associação revela ainda uma crescente preocupação com a situação financeira das empresas, “nomeadamente por parte das PME, resultante dos atrasos de pagamentos por obras executadas e das dificuldades de obtenção de crédito bancário”.

Fonte: Económico



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